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quarta-feira, 1 de julho de 2009

PORTFÓLIO: Construção do conhecimento


“...Era necessário se encontrar algo que desse conta da aprendizagem e que não fosse uma fotografia, mas que fosse um filme.”
(Miriam Salles. Minha anotações da palestra de Fernando Hernandez –30/10/2006)
Ao longo de nossas vidas, a aprendizagem é constante. Ela acontece, muitas vezes até, instintivamente. O significado e valor dado à aquisição da aprendizagem são determinantes para a nossa formação.
O portfólio é a autobiografia da nossa aprendizagem, que vai sendo construída paralela e simultaneamente com o processo. Não se trata de um registro imóvel e paralisado. É interativo, mutante, progressivo, crítico, reflexivo. Permite a visualização do processo da aprendizagem, os caminhos que percorre, as influências recebidas, as reformulações, dificuldades, interferências externas enfim, é a “transmissão ao vivo” da contínua construção do conhecimento. Possibilita a criatividade, a autonomia do aluno, bem como, a reflexão do professor sobre suas práticas, promovendo o aperfeiçoamento contínuo do ensino. Um caderno, um diário, uma pasta, um blog que proporciona a liberdade e autonomia para a sua construção, organização e formato, ao mesmo tempo em que exige reflexão, pesquisa, discernimento sobre o processo.
É importante ressaltar que o portfólio não é apenas um instrumento de avaliação e sim, “um eixo organizador” (VILLAS BOAS, 2005, p. 291) da aprendizagem.
A utilização do portfólio, requer o estudo e a compreensão desta estratégia pelo corpo docente e discente, bem como, dos pais e responsáveis. Propostas de mudanças geram insegurança, ansiedade, medo, na medida em que provocam transformações e desacomodações de nossas crenças, práticas profissionais e educacionais. No entanto, assim como em todas as áreas da nossa existência, na educação também precisamos ter coragem para descobrir novos caminhos, buscando aperfeiçoamento e qualidade.
Segundo Eisner (1979), citado por Hypolitto (1999, p. 291), “é mais interessante descobrir novos mares, por onde navegar, do que velhos portos onde ancorar...”