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quinta-feira, 19 de maio de 2011

ENSINO DE ARTES - PANORAMA HISTÓRICO

    No panorama histórico da arte brasileira, mudanças significativas marcam o ensino da arte-educação nos últimos trinta anos. Ampliam-se as possibilidades, a arte passa a ser contextualizada, socializada, deixa de ser canonizada, restrita.


    Hoje, arte-educação deve ser espaço para o desenvolvimento da reflexão-crítica, compreensão, interpretação, expressão e participação ativa dos indivíduos, que valorizam a história, a cultura. Esses fatores são essenciais para a vida em sociedade cada vez mais diversa, plural, dotada de múltiplos pontos de vista. Valorizando o ontem e o hoje, indo para além da percepção visual, alcançando a significação, a contextualização.

    É fundamental ao arte-educador a constante pesquisa, reflexão diante do seu aluno, seu contexto sócio-cultural, suas concepções e formas de perceber a arte, tecendo meios para que ele possa construir o processo de desenvolvimento como indivíduo, reconhecendo sua cultura e a diversidade, interagindo com a história, de forma significativa.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS - ESCOLA TRADICIONAL

Trabalho de pesquisa em grupo sobre a tendência pedagógica da Escola Tradicional.

EDUCAR PARA A COMPREENSÃO DA ARTE

O texto de Fernando Hernandez, tratando da arte na pós-modernidade, afirma que “a interpretação é um processo quase automático no diálogo. Isso faz com que dialogar implique reconhecer a linguagem e os gestos do outro como um elemento para estabelecer uma forma de relação."

Texto Hernandez:

No texto de Anita Prado Koneski, as reflexões sobre o ensino da arte na contemporaneidade, inquietam e aguçam questionamentos sobre as práticas da arte-educação.


Segundo a autora, a arte contemporânea “parece negar-se a nos ensinar a ver o mundo pelos moldes tradicionais.” A arte contemporânea não traz explicações e respostas mas sim, questionamentos, dúvidas, estranhamento. A autora salienta ainda que, “ se ela enriquece nossa vida, não é porque nos oferece saídas, mas, ao contrário, porque problematiza nossa relação com a realidade e apresenta muito mais perguntas do que respostas.”

Dessa forma, é fundamental que o professor organize suas práticas oportunizando espaços para que o aluno sinta-se à vontade para, segundo a autora “nos entregar à potência do erro, aceitar a negação, ou a de não forçar à obra uma leitura.”

Tarefa difícil pois, exige do professor conhecimento, reflexões, para que possa superar hábitos instituídos por muito tempo no ensina da arte. Trilhar novos caminhos, onde “a arte é um conhecimento que não se resolve em interpretações, em explicações, pois, indaga.”

"Imagino que, diante desta obra, rodeados de nossos alunos, tenhamos que prestar conta de nossos saberes professorais. Porém, a obra desmonta-os, ignora-os. Atesta nossa incompetência e nos frustra. Como explicar para os alunos o que se constitui como um absolutamente Outro? Buscamos nos nossos saberes fundantes o socorro, e os percebemos pouco úteis. Não se trata aqui de invalidar esses saberes, mas de dizer que, para a arte na contemporaneidade, eles não mais nos socorrem. Farnese apresenta algo que nos confronta, que indica a possibilidade da não-possibilidade também ser fonte de aprendizagem."                   Anita Prado Konesnki
                                                                                      

ARTES VISUAIS NOS PCN - ENSINO FUNDAMENTAL I

    A presença dos três eixos norteadores: produzir,apreciar e contextualizar para o processo de ensino e aprendizagem da arte nos PCN é indicativo do reconhecimento da importância da área de conhecimento da arte para a formação do indivíduo, conhecedor da história, da cultura, podendo ser agente atuante na sociedade. Assim, a arte, antes isolada em técnicas artísticas, passa a promover a constante reflexão sobre a construção da história da humanidade, através da arte, registro e expressão da vida, num processo de aprendizagem significativa, respeitando a diversidade, o desenvolvimento cultural. Como o nome já diz, “parâmetros” são referenciais norteadores para a construção do projeto pedagógico das escolas, possibilitando a liberdade de articulação entre os conhecimentos necessários para o desenvolvimento integral dos alunos, considerando os aspectos regionais, sociais, políticos, culturais. A área de Arte abrange as linguagens artísticas das artes visuais, música, teatro e dança. Trata-se de uma grande abrangência, o que dificulta o trabalho, considerando que não há disponibilidade de profissionais especializados em cada modalidade (tão específicas) considerando a complexidade de cada uma delas.

    Nossa formação é focada nas artes visuais e nos capacita, após quatro anos de estudo e construção de conhecimentos, para o ensino da arte, atuando com alunos do ensino fundamental ao ensino médio. As áreas da música, teatro e dança, também demandam estudo e formação adequadas para que se possa mediar a construção da aprendizagem dos alunos nestas áreas.

    Neste sentido, os desafios são enormes, considerando que muitas escolas contam com apenas um profissional da área de Arte ou, até mesmo, nenhum e, que contamos com dois períodos semanais apenas para o desenvolvimento do processo. Claro que, se articulado com as demais áreas do conhecimento, as possibilidades são ampliadas, porém, exige planejamento integrado (coisa rara na correria semanal da escola, onde o professor de área atende outros projetos, cobre hora atividade,...).
Sou iniciante na área do ensino da Arte, atendo alunos do 6° ano (currículo de 9 anos). Até o 5° ano, as turmas foram atendidas por unidocência, a área de Arte, na maioria das vezes era suprimida à técnicas, artesanato...
   Assim, procuro promover a aproximação dos alunos com o universo artístico, provocando a reflexão sobre a Arte, o contato com obras, museus, artistas, espaços e exposições, oficinas, ouvindo o que eles tem a dizer, suas vivências, considerando suas experiências, interações...