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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Relatos sobre experiências pessoais de aprendizagem em arte

1.Uma experiência de situação de ensino-aprendizagem em que houve construção de conhecimento em artes visuais

Refletindo sobre as situações de ensino-aprendizagem na área de artes visuais vivenciadas por mim como aluna (espero não estar sendo muito severa na colocação), tenho na lembrança somente momentos de construção de conhecimentos a partir da nossa graduação. Através das leituras, do estímulo à busca, à curiosidade, à experimentação, aliados à necessidade de encontrar subsídios e embasamento para as argumentações e colocações sobre os temas que constantemente somos desafiadas a refletirmos, conhecermos. As propostas de construção como o Mapa Conceitual do Professor Pesquisador no Cmap Tools, registro e socialização das nossas construções, exigindo planejamento acerca das informações, reflexão crítica, apropriação, contextualização é um exemplo claro destas situações.


2. Uma experiência de situação de ensino de artes visuais em que não foi possível aprender.

 
Tenho vivo na lembrança, o cheiro do giz de cera que utilizava nas atividades com desenho propostas por minha professora da pré escola. Cada vez que ela nos contava uma história, em seguida, recebíamos uma folha de papel (normalmente eram doadas por escritórios que guardavam folhas com escrita de um lado para reaproveitamento ou papel jornal) e um pote de giz de cera no centro da mesinha redonda para que realizássemos um desenho da história.


Em uma ocasião, lembro que desenhei um jardim, muitas flores coloridas e uma borboleta (provavelmente cenário e personagens da história que não recordo qual era). Diante do desafio de representar no desenho a borboleta, lembrei do número 8 e, imediatamente, representei a borboleta sobrevoando o jardim - o número 8, deitado.

Fiquei muito feliz com a solução encontrada, corri para mostrar para a professora que disse:
- Que jardim lindo! Mas o que é isso aqui?
- É a borboleta.
- Ah, não. Um jardim tão lindo com esta borboleta tão feia! E agora, não dá pra apagar. Leva outra folha e faz de novo. Mas capricha na borboleta!
Lembro que senti uma mescla de frustração, vergonha e raiva.

Construção de conhecimento? Até o momento do desafio de representar a borboleta e da “solução” encontrada - o número 8, havia esperanças... No entanto, refazer o jardim tão caprichado e olhar para a folha, com raiva da borboleta, sem saber como representá-la, frustração. E, como são lindas as borboletas, únicas, coloridas, diversas...



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